Perguntem, pode uma indústria de automóveis criar um ídolo?
Resposta, pode: Lee Iacocca!
Faleceu ontem em sua residência em Bel-Air, Califórnia, EUA, aos 94 anos, em consequência de complicações de Mal de Parkinson, Lido Anthony “Lee” Iacocca, um dos mais carismáticos e importantes executivos da indústria automobilística.
Lee Iacocca, como era conhecido, era filho de imigrantes italianos e em 1946, aos 24 anos, ingressou na Ford Motor Company com trainee de engenharia, onde fez notável carreira cujo ápice foi a criação do Mustang, lançado em abril de 1964.
O sucesso imediato do Mustang se traduz em 419.000 unidades vendidas no primeiro ano.
Vice-presidente da fabricante do oval azul, foi demitido pelo próprio Henry Ford II em 1978 — 40% das ações da Ford pertenciam à família — por motivo que rendeu várias especulações, sendo a mais corrente ciúme, em que Lee Iacocca era mais a empresa que o próprio dono.
Em 1980 conseguiu uma ajuda do governo americano de 1,5 bilhão de dólares que salvou a empresa e a recuperou, a ponto de saldar a dívida sete anos antes do prazo, um feito surpreendente.
Começou lançado dois compactos, o Dodge Omni e o Plymouth Horizon, adequados à crise do petróleo de 1979. Como trem de força os dois modelos utilizavam o motor VW EA827 de 1,7 litro e transeixo da marca alemã. Mas seu segundo momento mais importante como líder da indústria automobilística foi a criação das minivans Dodge Caravan e Plymouth Voyager em 1984, lançando nova moda.
Ficou na Chrysler até o último dia de 1992, quando se aposentou. De lá até seu falecimento se dedicou a negócios pessoais, mas sempre em evidência e admirado.
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