segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Cacá Bueno se manifesta sobre o assunto!




Abaixo o texto original do Cacá Bueno no Instagram
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"Bom , a semana da abertura do campeonato infelizmente ou felizmente começa assim , algo que todo mundo sabia mas nunca tivemos provas . Os comissários fazem 2 pesos e 1 medida e jogam um jogo de cartas marcadas , São moleques no mínimo , eles mesmo admitem .


E dentro da CBA tem gente sem o menor senso do ridículo , eles confessaram ta ai pra todo mundo ler mas tem gente graúda que segue defendendo a postura deles . 

Ficaram perguntas no ar , foi da cabeça deles ?? Teve envolvimento da CBA ou de promotores ? São só moleques ou algo mais ? Quem investiga é quem fez a irregularidade ?? Eu estava errado no que falei no Rádio ano passado ? 

Infelizmente o prejuízo a minha imagem , desportivo e financeiro é incalculável . Acho que é a ponta do iceberg e que seja uma oportunidade de limpar o nosso esporte ."

Folha de São Paulo!!! Troca de mensagens põe em xeque isenção de fiscais da Stock Car.


Troca de mensagens põe em xeque isenção de fiscais da Stock Car

Márcia Ribeiro - 11.ago.2013/Folhapress
RIBEIRAO PRETO, SP, BRASIL, 11-08-2013, 10h: Corrida de Stock Car em Ribeirão Preto. (Foto: Márcia Ribeiro/ Folhapress, REGIONAIS)
Carros da Stock alinhados no grid para prova em ruas do distrito industrial de Ribeirão Preto

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Entre piadas, brincadeiras e demonstrações de poder, uma conversa de comissários da Stock Car levanta dúvidas sobre a precisão de relatórios e a isenção de decisões que podem interferir no resultado final do campeonato da principal categoria do automobilismo brasileiro.

A Folha teve acesso a uma troca de mensagens, por WhatsApp (serviço de comunicação eletrônica), de um grupo de comissários e auxiliares que atua no circuito.

Com funções equivalentes às do árbitro de um jogo de futebol, os comissários (desportivos e técnicos) das corridas de Stock Car têm o poder de aplicar punições durante a prova, excluir ou desclassificar um piloto.

A categoria é a mais antiga e a mais rica do automobilismo nacional. Criada em 1979, reúne os principais pilotos e tem hoje média de público de mais de 30 mil pessoas.

Nas conversas, os comissários fazem ameaças e piadas.
"Vamos desclassificar ele por alguma coisa na próxima etapa...", escreveu o auxiliar de comissário Paulo Ygor Dias em 7 de abril de 2015, referindo-se ao piloto Cacá Bueno.

Dois dias antes, na corrida em Ribeirão Preto (SP), o piloto havia chamado os "caras da CBA" (Confederação Brasileira de Automobilismo) de "bando de imbecis", em conversa com a equipe que acabou vazando, depois que a bandeirada não foi dada por erro de uma comissária.

A ameaça não se concretizou na corrida seguinte. O piloto foi suspenso por uma etapa e multado pelo Supremo Tribunal de Justiça Desportiva, perdendo a liderança do campeonato.

Pouco depois, na mesma conversa, o veterano comissário Clóvis Matsumoto, hoje fora da Stock Car, vangloria-se de ter impedido o mesmo Bueno de ser campeão.
"Bom, na minha época o Cacá foi 3 vezes vice pq eu não estava a fim de deixar ele ser campeão! Kkk", escreveu.

Ygor confirma: "Eu presenciei essa época do matsu... E tbm não faz muito que ele não foi campeão por uns pontinhos que tiramos dele...". Seguiram-se vários "kkk".
Bueno foi vice-campeão brasileiro da Stock Car em 2003, 2004 e 2005, além de 2010 e 2015. Ele é pentacampeão da categoria (2006, 2007, 2009, 2011, 2012).
Em 2004, com base em relatório dos comissários técnicos, os fiscais desportivos desclassificaram os pilotos da equipe Action Power, Cacá Bueno e Thiago Marques.

Na época, Matsumoto disse que os carros infringiram artigo do regulamento e apresentaram irregularidade no posicionamento da bomba da direção hidráulica. A equipe contestou e recorreu da decisão, que foi mantida, acarretando perda de pontos.
Foto: Duda Bairros/ Vicar, VENCER

Bueno considera absurda essa punição. "Vendo essa conversa, me lembro de vários casos em que eles [os comissários] podem ter comprometido o resultado final do campeonato. Principalmente entre 2002 e 2005 e entre 2010 e 2013."
Em 2010, houve polêmica em algumas etapas, como em Campo Grande (MS), quando quatro pilotos foram desclassificados (Ricardo Zonta, Daniel Serra, Cacá Bueno e Alexandre Negrão) e contestaram a decisão.

Para o piloto e chefe de equipe Paulo de Tarso Marques, que atuou na Stock Car por 20 anos, essas autoridades acham que têm poder de polícia e não gostam de ser contestadas ou criticadas.

A CBA argumenta que não é possível um comissário técnico inventar uma punição porque ele apenas fiscaliza se o regulamento é cumprido.

Paulo de Tarso discorda. Para ele, os regulamentos têm muitos itens e não são precisos, o que dá margem a diferentes interpretações. "É possível provar tecnicamente que uma decisão de um comissário técnico foi errada."

Para Cacá Bueno, hoje na equipe Red Bull, "é repugnante" o tom das conversas.
"É um absurdo, porém, infelizmente, não me surpreende. Sempre tive suspeitas."
Ele defendeu que os envolvidos sejam investigados "e banidos do esporte caso sejam culpados e que se apure se houve envolvimento de confederação e organizadores ou se isso partiu de atitude individual."

O piloto Xandinho Negrão vê falta de profissionalismo e de treinamento dos comissários. Disse que, em 2010, foi desclassificado em quatro corridas -por motivos questionáveis, em sua avaliação.

Átila Nunes, que deixou de vencer a etapa de Cascavel (PR) em 2013 por conta de punição, também pediu a profissionalização da categoria.

Para Nelson Valduga, diretor da CBA, a suspeita é "gravíssima" e será instaurada uma sindicância para apurar os fatos. Mas afirmou que as decisões desses comissários são técnicas.
Fernanda Freixosa/Vicar/Divulgação
Thiago Camilo se recupera de Curitiba e fatura Corrida do Milhão. A Corrida do Milhão é mesmo de Thiago Camilo. Neste domingo (16) aconteceu a mais tradicional prova do calendário do Circuito Schin Stock Car e, com boa estratégia e bom desempenho, o titular da Ipiranga-RCM levou para casa o seu terceiro cheque gordo.
Thiago Camilo se recupera de Curitiba e fatura Corrida do Milhão
OUTRO LADO
Tanto comissários como a Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) afirmam que não é possível que os comissários técnicos influam deliberadamente no resultado das corridas.

O engenheiro Clóvis Matsumoto disse que a conversa foi feita em tom de brincadeira. Foi uma "molecagem".

Ele afirmou que hoje a Stock Car é muito profissional, que os regulamentos evoluíram e que "não tem pegação no pé, não dá para inventar punições", uma vez que as questões são técnicas.

Informou que atua na função desde 2002 e que nunca viu "nenhum comissário punir piloto por implicância".

Paulo Ygor Dias, auxiliar de comissário na Stock Car, também disse que a conversa tinha "tom de brincadeira". Para ele, o trabalho dos comissários é baseado em regulamentos técnicos e é acompanhado pelas equipes.

Afirmou ainda que Cacá Bueno já teve problemas "com itens em desacordo com regulamentos" em outras categorias. Disse que alguns pilotos ficam questionando todo o tempo, inclusive sobre outros carros. "Assim como ele [Cacá Bueno] xingou a gente [de imbecis], eu posso achar que ele é chato."

Existem dois tipos de comissários, os desportivos e os técnicos. Os desportivos são os que têm a responsabilidade de aplicar sanções e o fazem baseados também em relatórios preparados pelos comissários técnicos.

Nestor Valduga, diretor de competição da CBA e presidente do CTDN (Conselho Técnico Desportivo Nacional), disse que vai apurar os fatos. "Instauraremos uma sindicância, embora não tenha havido perda de pontos."

Para ele, a avaliação dos comissários técnicos é quase um ciência exata. Disse que não há dúvida nas decisões. Ele admite que existe alguma deficiência, mas "nas decisões dos comissários desportivos, porque são subjetivas".

Esclareceu ainda que Matsumoto é "engenheiro capacitado, com um ótimo currículo e, até hoje, nunca chegou à CBA algo que desabone o trabalho dele". Disse ainda que "Paulo Ygor é auxiliar técnico, não tem nenhum poder de indicar irregularidades técnicas.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

CBA unifica regulamento dos campeonatos de Marcas 1600cc





 23/02/2016 

     Reunião com presidentes das Federações Estaduais deu mais um passo para a unificação dos regulamentos da categoria mais popular do Brasil

     Nestor Valduga, presidente do Conselho Técnico Desportivo Nacional (CTDN), e o presidente da Comissão Nacional de Velocidade (CNV), Waldner Bernardo, se reuniram no Rio de Janeiro (RJ) na última sexta-feira (19) com presidentes das federações estaduais de Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo para o passo definitivo na unificação dos regulamentos dos campeonatos regionais de Marcas.

     O intuito é deixar a categoria mais viável do automobilismo brasileiro ainda mais interessante para os promotores, federações, pilotos e equipes. “Essa é uma bandeira levantada no primeiro mandato do presidente Cleyton (Pinteiro), e agora estamos fazendo uma adequação de todos os regulamentos regionais para que haja uma única regulação para todos”, explica Valduga.

A proposta é que, com o novo regulamento, exista um intercâmbio maior entre pilotos e equipes que participam da categoria mais popular do País. “Queremos facilitar a participação de pilotos da categoria em provas de outros estados e com a expectativa de participar do Festival de Marcas 1.600 no fechamento da temporada de cada ano”, lembra Bernardo.

     Os dois últimos Festivais de Marcas 1.600 foram realizados em Guaporé, no Rio Grande do Sul, estado em que as corridas de Marcas reúnem um grid sempre grande, mas que pilotos de outros estados não participam porque seus carros não seguiam o regulamento utilizado naquele estado.

     “Nosso campeonato de Marcas é muito concorrido e temos pilotos de vários estados, como São Paulo, Paraná e Santa Catarina. A necessidade dessa equalização vem de longe e é muito bem-vinda”, lembra Carlos de Deus, que já realizou provas do Festival de Marcas 1.600 no circuito de Tarumã com 64 carros no grid.

     “Com o mesmo regulamento para todas as Federações, com certeza teremos maiores grid e poderemos inclusive organizar torneios entre estados”, comemora José Ney Lins, presidente da Federação Goiânia de Automobilismo (FGA), e que promove 16 provas de Marcas por temporada, onde correm pilotos do Espirito Santo, Paraná, Rio de Janeiro e Minas.

     Ney Lins e Robson Duarte, presidente da Federação de Automobilismo do Estado do Espírito Santo (FAEES) estão trabalhando em um projeto para um torneio da categoria entre vários estados.

     Para o presidente da Federação Mineira de Automobilismo (FMA), Pedro Sereno, que este ano inaugura o Circuito dos Cristais, em Curvelo, a categoria de turismo sempre foi uma das preferidas dos pilotos mineiros. “Nossos pilotos já ganharam muito títulos de Marcas em outros estados e agora poderão ganhar em casa correndo em Curvelo”, se orgulha o presidente Sereno.

     Em São Paulo, pilotos e equipes comemoraram durante mais uma etapa do Campeonato Paulista no último final de semana (20 e 21). “Demos um grande passo e o próximo encontro vamos reunir os comissários técnicos de cada estado para dar um toque final na unificação do regulamento. São poucos itens a serem unificados, mas precisam ser bem definidos”, conta o presidente da Federação de Automobilismo de São Paulo (FASP), José Aloizio Cardoso Bastos.

     O mesmo pensamento é compartilhado pelo presidente da Federação Paranaense de Automobilismo (FPrA), Rubens Gatti, que todos os anos organiza a Cascavel de Ouro, prova que reúne os participantes dos torneios de Marcas realizados em Curitiba, Cascavel e Londrina. “Na última prova, tivemos depois de três horas de corrida, cinco carros na mesma volta sendo quatro de marcas diferentes”, lembra Gatti.

     Para Cleyton Pinteiro, presidente da CBA, os campeonatos estaduais de Marcas representam o caminho mais viável para estreantes, por terem um custo baixo e serem uma categoria escola. “Os campeonatos regionais abastecem o automobilismo brasileiro, e a participação das Federações é sempre muito importante. Os Estaduais de Marcas animam os autódromos nos finais de semana. Agora estarão ainda mais fortes”, comemora Pinteiro.

Foto: Vanderley Soares