O sábado amanheceu ensolarado na simpática cidade
do interior do Rio Grande do Sul, mas como antecipava a previsão do tempo, uma
garoa começou a cair bem na largada, mas o que poderia transformar a prova em
uma loteria não aconteceu e, no final, o sol deu as caras na quarta etapa do
Campeonato Brasileiro e Gaúcho de Endurance DOPAMINA, no Autódromo de Santa Cruz
do Sul.
Foram três horas de corrida de muitas
ultrapassagens, boas disputas e troca de posições da largada até a quadriculada,
onde 25 carros alinharam no grid. Líderes da competição e vencedores das duas
últimas etapas em Curitiba e Interlagos, e pole position da etapa Ricardo
Maurício foi o responsável por largar, onde na primeira curva foi ultrapassado
por Stuart Turvey (Scorpion #37), que pulou na frente depois de largar na sexta
posição, mas nada que tirasse o brilho e mais uma vitória do bicampeão da Stock
Car e de seu companheiro de equipe Marcel Visconde. Com a terceira vitória
consecutiva Visconde e Maurício abriram uma vantagem ainda maior na
competição.
"Não esperávamos ter uma corrida tão tranquila
aqui em Santa Cruz do Sul. Aconteceram os incidentes normais de qualquer
corrida, mas nada que colocasse nosso resultado em risco", vibrou Visconde.
"Estou contente porque nosso carro atual, o 911 GT3 R, nunca havia andado aqui,
e tivemos um ótimo desempenho em uma pista que exige muito do conjunto e do
piloto. O Ricardo conhece bem este traçado, mas eu só havia corrido em Santa
Cruz uma vez, há dez anos, com um Porsche 911 GT3 Cup que era totalmente
diferente do carro de hoje", finalizou.
Na categoria P2, a primeira colocação e vitória
do ano foi de Henrique Assunção e Fernando Ohashi (MRX #75). O pódio foi
completado por Cali Crestani (Tornado #03) e Aldoir Sette e Marcelo Campagnolo
(MRX #07), que com a conquista assumiram a liderança da categoria.
Marcelo Vianna e Julio Martini (Tubarão #69)
conquistaram a quarta vitória da temporada e garantiram o título de Campeões
Brasileiros com duas etapas de antecipação na categoria P3, com Marcelo
Giacomello, Matheus Stumpf e Renato Stumpf (MRX #08), em segundo; e Rafael Simon
e Gustavo Simon (MRX #58), em terceiro.
“Ganhamos o título após quatro etapas perfeitas.
Está sendo um campeonato dos sonhos, uma vez que vencemos todas as corridas do
calendário até aqui”, disse Vianna. “A corrida foi um pouco complicada no
começo, pois perdemos algumas posições. Porém, como sempre a equipe nos entregou
um carro muito rápido, principalmente no miolo, e mantivemos um ritmo forte
durante toda a prova. Quero agradecer a todos que participaram de alguma forma
desse título. Ser campeão brasileiro é algo que vou guardar para a vida toda”,
comemorou o jovem paulista.
A GT1 teve no lugar mais alto do pódio Humberto
Giacomello e Andre Senger (Sonic #17), seguidos por Paulo Rutzen, Gustavo
Martins e Vilson Jr. (Lamborghini #46) e da dupla Carlos Kray e Ricardo Mendes
(Ferrari #155).
“Nossa tomada de tempo foi muito ruim por conta
de um problema na caixa de câmbio, o que fez com que o início da prova fosse
difícil. O carro é muito regular e consistente, além de ser constante a prova
toda. E isso faz a diferença na longa duração e nos fez buscar a vitória”,
comentou Senger.
Na GT2, a primeira colocação foi de Arthur Caleffi e Claiton Krause (Volvo #39). Na T, Ricardo Terres e Juarez Terres (Gol #88) venceram. A quinta etapa do Brasileiro de Endurance será no Autódromo do Velo Città, no dia 23 de setembro.
Confira o que foi destaque na
prova:
A Lamborghini #31 de William Freire e Marcello
Sant’Anna brilhou na largada, saindo da sétima colocação e pulando para a
terceira posição e cruzando a linha de chegada na quinta posição. Já nas
primeiras voltas alguns fortes candidatos e líderes de categoria ficaram pelo
caminho. Como o Tubarão #32 de Mauro Kern e Paulo Sousa, que tiveram uma quebra.
O que causou a entrada do safety car, por mais de cinco voltas. Enquanto isso, a
briga pela segunda colocação era intensa entre seis protótipos da GP1, com boas
disputas entre Freire, Turvey, Ribeiro (MRX #65), Fortes (MR18 #117), Dieter
(MR18 #110) e Pasquale (Tubarão #05).
Um susto no fim da reta na volta 16, com fogo no
carro de Stuart Turvey, onde o piloto acionou o extintor do carro, com muita
segurança resolvendo o problema, com mais uma intervenção do safety car. Na
volta 17, em uma boa disputa com Wiliam Freire, Fernando Fortes (MR18 #117)
assumiu a segunda posição.
Na 31ª volta Eduardo Dieter (companheiro de
Francesco Ventre no MR18 #110) conquistou a terceira posição trazendo junto
Franco Pasquale (Tubarão #05), em uma ultrapassagem dupla em cima de Freire.
Gustavo Tomazini (companheiro de Sergio Cardoso no MRX #43) vinha fazendo uma
grande corrida liderando na categoria P3, mas acabou saindo da pista e perdendo
algumas posições, caindo de oitavo para 13º.
A disputa pela segunda posição entre Fortes e
Dieter, que revezaram posição até Dieter levar a melhor foi intensa. A primeira
janela da prova foi aberta na volta 42. Com 49 voltas de prova, Tiel de Andrade
(companheiro de Franco Pasquale) assumiu a terceira colocação. Duas voltas
depois José Ribeiro (companheiro de Nilson Ribeiro) assumiu a posição, sendo um
dos grandes destaques da corrida. Na volta 61, uma quebra do disco de freio da
dupla Ventre e Dieter fez com que saíssem da pista e acabassem na barreira de
pneus, sendo a segunda posição herdada pelos Ribeiro, onde mais uma vez o safety
car precisou ser acionado.
Aldoir Sette e Marcelo Campagnolo (MRX #07)
enfrentaram problemas antes da metade da corrida, mas mesmo assim retornaram a
pista e assumiram a liderança da P2, depois da quebra de seus principais
adversários Kern e Sousa.
Na volta 88, um problema no Tubarão #05 tirou
Andrade e Pasquale da terceira posição, com mais uma entrada do carro de
segurança. O protótipo foi reparado no box e finalizou a prova na 11ª
posição.
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