Aeroporto de bombardeiros da década de 40, transformou-se em autódromo apôs a segunda guerra e já em 1952 recebeu celebridades do automobilismo mundial, como Fangio e Carol Shelby!
A pitoresca cidade de Sebring parece intacta com o passar dos anos, mantendo costumes e valores americanos, dos filmes que assistia na década de 70. Pequena e carismática, pode se considerar uma cidade de primeira, pois se passares a segunda marcha, ela já terminou.
Encontrar um lugar aberto após as 18 ou um restaurante após as 21 é questão de sorte. Porém, de uma limpeza, capricho e apresentação impecáveis, parecendo uma cidade temática digna de um filme de Faroeste!
O autódromo nada de sensacional com um traçado fantantástico ou asfalto impecável. Mas são 6 km de pista com uma volta que vira para a maioria, acima do dois minutos. Plano como a Flórida, apresenta aquele asfalto claro das pistas de decolagem de aeroportos, com curvas de baixa e de alta, com destaque para a da entrada e final da reta. Alugamos carros de um equipe de Maimi, BMWs 325 E30 da categoria Spec, da MAD Motors os quais não são mais rápidos que meus carros de rua ou pista, porém com excelentes freios e pneus, estes quando novos e resistência. Andamos na beirola traseira do grid de 60 carros.
Mas quando dividia curvas, não tomava conhecimento que estava em uma BMW E30 1988, porque na parte de dentro deslizavam R8 de Endurance, 991 da Porsche Cup, Dodge Chalenger da TransAm, Radikais, protótipos e demais carros de turismo como BMW E Mazda.
Tive a oportunidade de largar e de chegar o que foi muito legal mas o momento mais emocionante foram duas ultrapassagens que ocorreram na minha frente entre o anabolizado R8 de Endurance e o Porsche 911 991 da Porsche Cup, vencedor da etapa, no final da reta oposta acima dos 200 km/ h dividindo uma curva de 180 graus. O Audi muito mais rápido, buscava a liderança após uma quebra no começo da corrida que lhe tiraram boas voltas.
Esta cena me lembrou a emoção que tive ao olhar no retrovisor do Aldee, lá pelas 11:30 hs nas últimas 12 horas de Tarumã e ver o Nissan 27 e o MCR 46 a milhão atrás. A ultrapassagem da liderança da prova ocorreu na minha frente após a curva do Laço quase dentro do Tala-Larga.
Estar lá dentro andando e valorizando estes momentos de prazer é que pagam nossa vida. E pensar que no meu primeiro ano completo no automobilismo eu iria andar em Sonoma, tirar terceiro lugar na Força Livre da Copa Classic RS, completar umas 12 horas, recebendo a bandeirada, com arquibancada cheia, em décimo terceiro na geral e segundo na TS e em mais 40 dias fazer umas 6 horas em Sebring, tá bom demais. Agradeço por demais a Lacombe Motorsport por me levar ao mundo das Carreras, aos 43 anos sendo um obcecado desde piá e o seguinte!
Laguna Seca que me espere porque eu vou quebrar a saca-rolha!
Por Arthur Caleffi, Gol Sueca 27!
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