Texto do Geferson Kern:
O futebol não precisa ser essa coisa esdrúxula em que pessoas cometem atos estúpidos, em especial para justificar suas derrotas ou caçoar dos tropeços dos rivais.
Ele pode ser lindo, belo, envolvente, inspirador. Como bem ilustra essa passagem do grande treinador José Mourinho sobre um dos mais improváveis gigantes já surgidos: Filippo Inzaghi.
Super Pippo era o grito dos excluídos. Dificuldade de domínio, passe e mais uma série de fundamentos. Mas na dificuldade crescia. Se agigantava. Decidia. E deixava a todos boquiabertos.
Se o Rock’n’Roll fez tornarem-se grandiosos no mundo sujeitos como Ozzy Osbourne, o futebol faz o mesmo com tipos como Inzaghi. A bola gostava dele como de poucos.
E que bom que a gente tem essas histórias incríveis para admirar em meio a tanta idiotice que circunda o tal esporte bretão.
"O Milan em 2010/2011 tinha Pato, Ronaldinho, Zlatan, Pirlo, Seedorf, Gattuso. Era uma equipa estrelar mas não me assustava.
Antes daquele Milan - Real Madrid na conferência de imprensa disse:
"O Milan pode jogar com seis atacantes, desde que não jogue com Inzaghi, tudo bem, esse assusta-me mais que todos os outros."
Naquele jogo ele entrou a meia hora do fim e fez dois golos. Era um avançado único, a vontade dele assustava-me. No final do jogo disse -lhe:
- "Filippo, tu nunca desistes, em 10 minutos mudaste a história."
Ele sorriu apenas.
Era eterno, fazia a diferença ainda hoje! Se tens Inzaghi, não precisas de mais ninguém na frente."
José Mourinho
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