Nova divisão substitui a B e traz novidades técnicas
Gravataí, 20 de dezembro - A ao completar 30 temporadas ininterruptas a Copa Fusca através de uma comissão de pilotos e preparadores busca inovar e se reinventar se adequando aos novos tempos e a realidade do automobilismo local.
As mudanças que já estão em pleno desenvolvimento e testes buscam diminuir os custos de manutenção e facilitar a obtenção de peças de reposição. Para tanto, a mudança engloba a motorização e os conjuntos de rodas e pneus.
A mudança mais profunda é a substituição dos motores VW AP 1.6 pelos mais novos EA 111, também de 1,6 litro e alimentados também por etanol. A adaptação do motor é sobremaneira simples e fácil de ser realizada, pois utiliza apenas componentes originais VW que possuem custo baixo. Todas as peças utilizadas podem ser encontradas em qualquer concessionária da marca e vem da Kombi que utilizou a versão de 1,4 litro do mesmo motor. Basicamente, as peças necessárias são a flange de união com o câmbio e o conjunto de volante do motor e sua embreagem, originais da Kombi. Ainda como vantagem o conjunto ainda se torna cerca de 30 kg mais leve que o conjunto do motor AP.
Já as rodas passam a ser de aro 14 de ferro e os pneus os mesmos utilizados pela categoria Marcas & Pilotos. A utilização de pneus mais baixos e largos visa o menor desgaste e melhorar o desempenho de freios e a própria estabilidade do besouro.
O primeiro carro convertido foi o numeral 42 do piloto Daniel Oliveira. Durante a edição 2017 das 12 Horas de Tarumã o carro foi testado exaustivamente por vários pilotos da categoria que foram veementes em aprovar a novidade. "O carro se tornou mais fácil de pilotar, mais estável, freia melhor e contorna melhor é outro carro!" - comentou Tiago Takagi, campeão da Copa Fusca e que testou o carro no último sábado.
Já Daniel Oliveira comemorou - "Tudo deu certo e o carro se saiu ainda melhor que o esperado, o motor tem potência e torque em rotações mais baixas, então o conjunto tem tudo para ser durável fazer valer a pena a mudança".
Urbano da Silva, também um dos maiores nomes relacionais à categoria vinha já trabalhando em conjunto com seu filho, o preparador Leandro Silva para a mudança: "É uma idéia que viemos trabalhando há tempos, estudando qual motor adotar e usa o exemplo dos motores 1.4 no Marcas, que criei há algum tempo e se tornou um sucesso. Os motores serão sem preparação alguma, para trazer novamente os iniciantes para a Copa Fusca que como estava acabava por se tornar cara e o carro difícil de ser preparado e pilotado".
A iniciativa foi dos pilotos Daniel Oliveira e Max Cassalha com o apoio de Everson Melo, Leandro Motorsports, RS Desenvolvimentos By Sucata, Autosystem e Hardware Car que ficou responsável pelo desenvolvimento do sistema de injeção eletrônica e mapeamento do novo motor.
Para a temporada 2018 a Classe A da Copa Fusca continua sem nenhuma modificação de regulamento e motorização e a ela se soma os novos carros Light. Em breve o calendário da temporada 2018 será divulgado.
Curiosidade:
- É a segunda substituição de motor e rodas da categoria, a primeira aconteceu em 99 quando as rodas de ferro 13 foram substituídas por rodas de liga leve e em 2000 os motores a ar foram substituídos pelos AP 1600.
- É a segunda substituição de motor e rodas da categoria, a primeira aconteceu em 99 quando as rodas de ferro 13 foram substituídas por rodas de liga leve e em 2000 os motores a ar foram substituídos pelos AP 1600.
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