Tesla, o futuro chegou!

Saiba tudo sobre o Tesla atravéz do meu amigo Marco Antonio C Souza

Sempre fui apaixonado por tudo o que tem motor (carro, moto, avião...). Aos 15 anos ganhei do meu pai um “Fusca 1200” (sistema elétrico de 6 Volts e 36 HP) e com 900 (novecentos) dias de antecedência comecei a fazer diariamente a contagem regressiva (as últimas folhas dos meus cadernos do 2º Grau no Anchieta eram dedicados a marcar diariamente quantos dias faltavam) para eu tirar minha “Carteira de Habilitação”. Recebi minha “Carteira” no mesmo dia que fiz 18 anos!!!

Recentemente tive a oportunidade de passar alguns dias dirigindo um Tesla, o carro elétrico da Tesla Motors. Desde logo quero dizer que meu entusiasmo com o carro não é pela questão ambiental, também importante, porém questionada pelos ambientalistas pela origem da energia, mas pelo carro em si e seu desempenho.

Além de linhas modernas e bonitas, o carro dá um “show” em acabamento. Mas o que realmente surpreende é o desempenho.

Ao entrar no carro (a porta destranca com a aproximação, como boa parte dos carros), os bancos de couro acolhem o corpo do motorista e permitem todas as regulagens eletricamente. Basta pisar no freio e acionar a pequena palanca que está no lado direito do volante, colocando na posição para andar para frente ou para trás. Depois é só pisar no acelerador. Se pisar forte, o susto é grande, pois a aceleração é impressionante. Os números no marcador de velocidade pulam com uma enorme rapidez e em poucos segundos já é possível estar a mais de 100 mph (aproximadamente 160 Km/h). O carro faz de 0/100 Km/h em pouco mais de 3 segundos. É isso mesmo, desempenho de Ferrari. Em testes comparativos o Tesla bateu os esportivos mais conhecidos do mundo.

Os pneus são outro show, largos e de perfil extremamente (eu disse extremamente) baixo. Não há estepe, pois o fabricante garante que os pneus não esvaziam.

Com um simples toque no enorme monitor que há no meio do painel é possível regular a altura da suspensão, deixando o carro muito próximo do chão ou alto. Há 4 níveis de regulagem.

Eu sempre achei que um carro elétrico seria “chato” de dirigir pela falta de barulho do motor. Não senti a menor falta do ruído ou trepidação do motor. O único som que se ouve, caso o “rádio” esteja desligado, é o ruído dos pneus, que é até agradável.

Se quiser ouvir música é só escolher o cantor, estilo, etc. Em determinado momento disse (“falei para o rádio”) que queria ouvir Rod Steward e imediatamente comecei a ouvir minha solicitação, via Internet (gratuita).

O espaço interno é ótimo, não há “túnel” e há porta-malas na frente e atrás, uma vez que os motores estão nas rodas.

O Tesla possui uma autonomia de 400 Km e a recarga pode ser feita em 25 minutos ou em menos de um minuto nos “SuperChargers”, onde as baterias podem trocadas por outras (o motorista escolhe se quer recarregar as baterias / 25 minutos ou fazer a troca / 1 minuto).

Nos “SuperChargers” (centros de recarga da própria Tesla, espalhados de costa a costa) não é cobrada a recarga das baterias (Custo zero!!!) e meu amigo André, dono do carro, me disse que carregando o Tesla todos os dias em casa sua conta mensal de luz aumentou em US$ 30.00. Eu disse trinta dólares, para rodar muito!!!

Hoje é possível viajar de costa a costa dos Estados Unidos, sem gastar um centavo em “combustível”, somente “abastecendo” em “SuperChargers”.

Em testes de segurança (NHTSA) o Tesla atingiu a maior pontuação até hoje, superando todos os demais carros testados até então. Em outras palavras, é o carro mais seguro até hoje fabricado.

Uma coisa chama muito a atenção no carro que é a desaceleração. Ao retirar o pé do acelerador é acionado um mecanismo de geração/recuperação de energia que abastece as baterias, que provoca uma marcante (muito marcante) redução de velocidade. Deve ser algo semelhante ao “KERS”, utilizado na Fórmula 1. A sensação é a mesma que se tivesse feito sucessivas reduções de marcha num automóvel comum e câmbio manual. Para quem já pilotou um lancha, é a mesma sensação que se tem quando a embarcação é desacelerada. Assim, a frenagem é feita em espaços muito pequenos.

Não precisar trocar o óleo, não precisa ver a água do radiador, não há manutenção para fazer!!!

Depois de dirigir o Tesla passei dois dias dirigindo um Nissan Altima, 6 cilindros, e tive a sensação que o carro estava com algum problema, pois parecia arrastar uma âncora. Depois de um tempo percebi que não havia qualquer problema com o veículo, eu é que estava acostumado com o desempenho do Tesla.

O Tesla é um carro caro nos Estados Unidos. Seu preço varia de 80 a 120 mil dólares. Curiosamente não há opção de “leasing”, mas apenas de financiamento, sendo que a fábrica garante a recompra em 36 meses, por 60% do valor pago, independente da aquisição de um novo Tesla.

Em média o adquirente recebe um reembolso/bônus dos governos estadual e federal na ordem de US$ 15 mil, em razão do programa de incentivo ao uso de veículos elétricos.

Para o final do ano está prometida a SUV. Conheci o protótipo (tamanho natural) e é outro show. Muitas inovações, mas uma me chamou muito a atenção. Não há espelhos retrovisores nas laterais e no lugar há pequenos “bracinhos” (10 cm no máximo) com câmaras...

A experiência foi sensacional e saí literalmente apaixonado pelo carro. Quem tiver a oportunidade e goste de carros, principalmente de carros de alto desempenho, não deixe de experimentar um TESLA, um show de carro. Hoje estou convencido que os carros elétricos farão parte do nosso futuro.

Marco Antonio C Souza

Para conhecer mais sobre o carro que só é vendido via web:http://www.teslamotors.com/