Cascavel de Ouro 2020 só com a Classe 1 por Luc Monteiro

O Gol G7 de Lucas Inoue/Leandro Totti e os HB20 Rspec de Rafael Lopes/Pedro Pimenta e André Bragantini/Caíto Carvalho na Cascavel de Ouro de 2018: prova de 2020 terá apenas os Classe 1 na pista.
     CASCAVEL – Definir o regulamento técnico para a Cascavel de Ouro de 2019 foi uma tarefa indigesta. Conforme comentei aqui no blog dias atrás, a missão da equipe liderada pelo Paulo Nazzari, comissário técnico da Federação Paranaense de Automobilismo, e do Edson Massaro, promotor da corrida, foi a de equalizar o rendimento dos modelos de carros mais antigos com o dos mais recentes. Uma necessidade que não existe na temporada da Turismo Nacional, visto que as respectivas Classe 2 e Classe 1 formam grids separados e não há uma disputa direta entre os pilotos das duas.

      É um panorama justamente oposto ao da Cascavel de Ouro, onde os R$ 150 mil em prêmios serão disputados durante as mesmas três horas por pilotos de carros enquadrados nas duas categorias. Resumidamente, em relação às regras que são praticadas na Turismo Nacional, houve uma redução do peso mínimo dos carros da Classe 2 e uma redução do diâmetro da borboleta do corpo de aceleração de um dos modelos da Classe 1, o Gol G7 da Volkswagen. Sem qualquer surpresa, houve pontas de insatisfação aqui e ali por parte das equipes.


     Bem, isso tudo é conversa para este ano, para a corrida de 3 de novembro.
    A edição de 2020 transcorrerá sob um formato diferente, segundo definiu ontem o Massaro – que, cabe lembrar, tem contrato com o Automóvel Clube de Cascavel para promover a Cascavel de Ouro até 2023.
     O que vai mudar na Cascavel de Ouro? Bem pouco, na verdade. A prova principal, com suas três horas de duração, terá apenas os carros da Classe 1 no grid a partir do ano que vem. Os da Classe 2 vão compor um grid à parte, para uma corrida com duas horas de duração. Em termos de regulamento técnico, será seguido exatamente o que estiver escrito pela Turismo Nacional na época da corrida – nem uma vírgula a mais, nem um ponto a menos.


     Um primeiro efeito da adoção desse formato tende a ser a eliminação da corrida de respescagem. No ano passado, por exemplo, foram 70 carros inscritos para 55 vagas. O limite para o grid cascavelense no formato atual, com categoria única e três horas de disputas, é de 55 carros, que seguirá valendo para a Cascavel de Ouro. Na prova da Classe 2, que por ora levará o nome Copa Masso Alimentos, a tendência é de um limite um pouco menor, por conta da duração menor – nada impede que a sequência desse preparativo faça com que a prova da Classe 2 também seja levada a três horas. De qualquer modo, todos que vierem a Cascavel para correr vão de fato correr.


     Massaro garante no mínimo a manutenção da premiação atual, de R$ 150 mil. Hoje esse prêmio é dividido em R$ 100 mil para o vencedor, R$ 20 mil para o segundo colocado, R$ 12 mil para o terceiro, R$ 8 mil para o quarto, R$ 5 mil para o quinto e outros R$ 5 mil para o pole position.
     Em 2020
o pagamento dos prêmios será bem mais simples: R$ 100 mil para o vencedor da Cascavel de Ouro, R$ 50 mil para o vencedor da Copa Masso Alimentos.


     O formato é bom. E por que não adotá-lo já para a corrida deste ano?, foi o que perguntei ao Massaro.
     Bem, as inscrições estão abertas desde fevereiro e há mais de 30 carros já inscritos. Não seria justo, segundo ele, mudar a regra do jogo com o jogo em andamento.


Luc Monteiro
fonte : https://lucmonteiro.wordpress.com/

quarta-feira, 26 de junho de 2019

Gold Classic em São Paulo em setembro!

     Criado no ano passado para integrar a programação preliminar da prova longa “Cascavel de Ouro”, o torneio Gold Classic, que tem seu grid formado por carros de competição cujos modelos têm no mínimo 25 anos de existência, terá em 2019 sua primeira edição em São Paulo. Com duas corridas no Autódromo José Carlos Pace, em Interlagos, o torneio comporá a programação da oitava etapa do Campeonato Paulista de Automobilismo nos dias 6 e 7 de setembro.

     Os primeiros dias de contato com pilotos e equipes sugerem que a meta de preencher as 60 vagas disponíveis no grid paulista será atingida. “Hoje são 45 carros de pilotos que já manifestaram participação. Obviamente pode haver uma desistência ou outra nessa lista, mas não tenho dúvida de que teremos 60 carros formando esse grid. Vai ser um evento histórico, como nossa categoria merece”, aposta o jornalista Luc Monteiro, organizador da Gold Classic.

     A programação da “Gold Classic Interlagos” compreenderá três sessões de treinos livres com 30 minutos, cada, e uma tomada de tempos classificatória de 20 minutos na programação. As duas corridas terão duração de 30 minutos e mais uma volta, com transmissão ao vivo na internet e exibição posterior na televisão. Os carros são distribuídos nas categorias Super Classic, Força Livre, GT, Turismo Super, Turismo Light, Fusca Cup e Speed Fusca.

     As duas primeiras edições da história da Gold Classic foram viabilizadas em Cascavel – uma reuniu 44 carros no grid de 2018, e a outra tem 50 carros devidamente inscritos para o evento de 2 e 3 de novembro, que novamente vai servir como atração preliminar à Cascavel de Ouro, corrida mais celebrada do automobilismo brasileiro para carros da categoria Marcas 1.6. A edição extra em Interlagos atende a uma reivindicação feita pelos pilotos participantes.

     “Já recebi inúmeros votos de incentivo para organizar um Campeonato Brasileiro da categoria, isso seria bem mais complexo do que os pilotos podem imaginar”, comenta Luc Monteiro.
- “Por ora teremos só essas edições festivas sempre que o torneio tiver a aceitação dos pilotos, que é o principal. Há muitas ideias em análise, claro. A título de palpite, eu diria que a Gold Classic estará em Curitiba e Goiânia em 2020 e em Guaporé em janeiro de 2021”, finaliza.



GOLD CLASSIC INTERLAGOS – 7 DE SETEMBRO(Relação de pilotos participantes até 26 de junho) 

2 - Deninho Casarini (SP/VW Puma), Força Livre 
3 - Niltão Amaral (SP/VW Passat), Turismo Super
6 - Caio Lacerda (SP/VW Gol), Turismo Super 
11 - Ricardo Gargiulo (SP/VW Passat), Turismo Super
14 - Geraldo Mesquita (MG/VW Fusca), Speed Fusca
15 - Heitor Nogueira Filho (SP/Protótipo Espron), Força Livre 
16 - Fernando “Batistinha” Batista (SP/Ford Maverick), Super Classic 
17 - Humberto Guerra Júnior (SP/VW Passat), Turismo Light 
19 - Paulo Cury (SP/VW Passat), Turismo Super 
19 - Paulo Mito (MG/VW Passat), Turismo Super 
22 - Juliano Bastos (PR/VW Gol), Força Livre 
22 - Henrique Bartels (MG/VW Fusca), Speed Fusca 
24 - Marcelo Miranda (MS/VW Fusca), Super Classic 
27 - Wanderlei Berlanda (SC/GM Omega), Super Classic 
32 - Reinaldo Cangueiro (SP/carro a definir), Força Livre
33 - Roberto Lacombe (RS/VW Gol) Força Livre 
37 - Giovani Almeida (SP/VW Passat), Turismo Super
39 - Cleiton Krause (RS/Fiat Uno), Turismo Light 
40 - Tiago Schaedler/Josimar Ribeiro (RS/Fiat 147), Força Livre
41 - Ike Nodari (SC/Fiat Uno), Turismo Light 
43 - Hamilton Morsch (PR/GM Chevette), Turismo Light 
45 - César Cardoso (RS/carro a definir), Turismo Super 
47 - Fred Mesquita (MG/Karmann-Ghia), GT
48 - Sérgio Rocha (RS/Ford Escort), Turismo Light 
53 - Milton Borges Vieira (SP/VW Voyage), Turismo Light 
57 - Antônio Chambel (SP/VW Gol), Turismo Super 
58 - Rogério Mendes (SP/VW Passat), Turismo Super 
59 - Marcelo Caslini (SP/VW Fusca), Fusca Cup
64 - Marcos Philippi (SP/Ford Maverick), Super Classic 
69 - Fernando Brock (RS/Bianco S), GT 
71 - Giuliano Giacomazzi (RS/GM Opala), Super Classic 
72 - Henry Shimura (SP/Ford Escort), Turismo Light 
72 - Guilherme Lacerda (MG/VW Passat), Turismo Super 
74 - Fabiano Schneider (SC/GM Chevette), Turismo Light 
83 - Antônio Pitta Neto (CE/VW Passat), Turismo Super
84 - Miguel Beux (PR/Protótipo Avallone), Super Classic 
88 - Anderson Baggio (RS/VW Voyage), Turismo Super 
113 - Bruno Campos (MG/VW Passat), Turismo Super
122 - Denísio Casarini (SP/Willys Interlagos), Força Livre
133 - Duda Weirich (PR/VW Voyage), Turismo Light 
222 - Fábio Tokunaga (PR/VW Gol), Turismo Light 
302 - Leovaldo Petry (RS/Ford Maverick), Super Classic 
777 - Paulo Henrique Costa (PR/VW Voyage), Turismo Light 
858 - Fernando Morassi (SP/VW Voyage), Turismo Super 
913 - Carlos Estites (RS/Ford Escort), Força Livre

26/06/2019 - Grelak Comunicação

terça-feira, 25 de junho de 2019

Pikes Peak Week! By Geferson Kern


     Hora de superar as nuvens e conquistar a montanha: estamos na semana desta coisa maravilhosa chamada Pikes Peak!

     Serão 88 competidores em busca da glória no domingo em Pikes Peak, na 97ª edição da subida de montanha mais famosa do planeta. Destes, 60 correrão nos carros e 28 nas motos. A turma das quatro rodas se divide em seis categorias, com máquinas tão distintas quanto fantásticas. Vejamos um breve resumo a respeito. As fotos estão na mesma ordem que as classes.


  
      *UNLIMITED - Vale tudo. Onde se encontram os protótipos e principais candidatos à vitória. É o local de carros construídos especialmente para a prova, como o Wolf TSC-Honda (foto), o Palatov 2DEV e o Volkswagen I. D. R elétrico vencedor e recordista histórico do ano passado.


      *TIME ATTACK 1 - Três regras básicas: ser um carro de produção (embora a preparaçãpo seja praticamente livre), ter carroceria fechada e quatro rodas. Comporta modelos diversos, como Subaru Impreza, Acura NSX, Porsche 911, Mustang GT, McLaren 650S, Audi A1 Quattro, o Dodge SRT Challenger Hellcat da foto e o que mais vier.

      *OPEN WHEEL - Para monopostos com rodas descobertas, construídos conforme as necessidades da prova. Invoca fortes tradições da mpontanha: os open wheel estão presentes desde a prova inaugural, em 1916. E marcaram época na época em que Pikes Peak fez parte do calendário da Indy, entre 46 e 70. Um legítimo Indy-style é o carro de Paul Dallenbach, figurinha carimbada na montanha


      *PIKES PEAK OPEN - Carros com aparência de rua e com modificações significativas permitidas no motor, transmissão e suspensão. Os carros precisam necessariamente ser baseados em modelos fabricados por marcas famosas, mas podem usar spoilers, asas e afins em nome da aerodinâmica.


      *EXHIBITION - Categoria voltada à promoção e demonstração de avanções práticos da tecnologia na indústria automotiva. Não possui recordes: busca encorajar empresas a desenvolver novas soluções, bem como serve para alinhar relíquias que disputam a prova. Vide o que acontecerá esse ano, quando o grid misturará um Ford F1 de 1949 e o Bentley Continental GT experimental do multicampeão da prova Rhys Millen.


      *PORSCHE TROPHY - A categoria exclusiva para quatro variações do Porsche Cayman GT4 Clubsport. Travis Pastrana, ele mesmo, é a principal atração do grid desta classe para 2019.

By Geferson Kern

Porsche 911.

     Existem carros bonitos, existem carros rápidos, existem carros clássicos e existem carros eternos, o Porsche 911 é e sempre será tudo isso, por isso é o meu preferido!




A beleza dos novo protótipos brasileiros da Imperio Endurance Brasil!


        A IIIª etapa do Imperio Endurance Brasil teve três estreantes da categoria P1 - o DTR #110 de Francesco Ventre e Eduardo Dieter, o AJR #80 de Alexandre Finardi e Rafael Suzuki e o AJR #46 de Christian Castro e Pedro Castro.










Campeonato Gaúcho de Superturismo 2019: Marçal Muller vence as 2h Horas de Tarumã!


      O piloto de Novo Hamburgo, Marçal Muller, venceu as Duas Horas de Tarumã, terceira etapa do Campeonato Gaúcho de Super Turismo, no Autódromo Internacional de Tarumã, na tarde deste sábado, 22. Ele completou oitenta e duas voltas com média de 124km/h.

      O hamburguense mantém um aproveitamento de cem por cento de vitórias nessa temporada, vencendo as três etapas disputadas em 2019. O piloto do Gol #544 da categoria GT largou em na quarta posição do grid e conquistou posições na primeira volta. “Não consegui fazer um bom classificatório, mas consegui fazer uma boa largada e já consegui subir para a segunda colocação”, comenta Muller. 

      A disputa pela liderança, entre o Gol #544 e o Focus #5 de Tiel de Andrade durou boa parte da corrida. “O Tiel, que fez a pole, imprimiu um ritmo muito forte no começo de prova, acho que ele gastou todas as fichas no início acabou faltando um pouco para o final. Estou muito feliz de sair com mais uma vitória”, comemora. “Está um nível alto de carros e pilotos, tá sensacional esse campeonato”, completa Muller. Tiel acabou a prova na segunda colocação e Claudio Ricci e Telmo Tecchio com a Maserati #9 em terceiro.

      Na TS os irmãos Lemke venceram com o Linea #199, em segundo o Aldee #18 de Silvano Brock e Tiago Muriel e em terceiro João Luis e Ricardo Kreuz com o Aldee #118.
      Na T1 o Gol #22 de Santa Cruz do Sul venceu pela segunda vez no ano com os pilotos Ike e Reinaldo Halmenschlager e Catô Beleza, em segundo o Gol #310 do ivotiense Leovaldo Petry e em terceiro Sérgio Rocha, Paulo Webber e Paulo Fontes com o Onix #48.
      Na T2 a vitória, terceira consecutiva, ficou com pai e filho Márcio e Thiago Martins com o Gol #53, em segundo Pedro Avila a Alessandro Gandra com o Corsa #44 e em terceiro Renato e Nikolas kreuz com o Gol #180.


      Finalizando a TL teve a vitória de Sílvio lodi e Nícolas Dall Agnol com o Celta #8, em segundo Mauro Vargas e Jorge Maino com o Escort #12 e em terceiro a dupla caxiense Maicon Rocen e Luiz Sérgio Sena Jr, com o Celta #197.
      A melhor volta da prova ficou com João Luis e Ricardo Kreuz com 1min09seg956.
A próxima etapa da Super Turismo RS será no dia 14/09 com as 6 horas de Guaporé.




LF Assessoria-Murilo Carvalho
Fotos: Grégori Dai Prá

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Superturimos RS realiza sua 3ª Etapa em Tarumã neste sábado!


     O Autódromo Internacional de Tarumã recebe, no próximo sábado, dia 22, a terceira etapa do Campeonato Gaúcho de Super Turismo.
     Para essa prova a organização espera mais de 30 carros levando emoção e velocidade para o público de Viamão, será a primeira das duas etapas previstas para acontecer no autódromo viamonense, a próxima será dia 16 de novembro, prova noturna que encerra o campeonato 2019.

     Para Telmo Júnior, organizador do campeonato é bom uma prova em Tarumã.
- “É sempre muito legal uma das etapas aqui em Viamão, sempre temos bom público aqui e o grid sempre aumenta pois tem vários pilotos aqui da região”, destaca.
- “E esse ano tem a novidade de duas etapas aqui, uma noturna, vai ser bem legal”.

     Após duas etapas o campeonato segue muito equilibrado, com disputas em todas as categorias e totalmente aberto, qualquer um pode conquistar a taça de temporada 2019.
     Segundo o líder da categoria T2, Thiago Martins, que divide a pilotagem do Gol #53 com o pai Márcio, o ano para a dupla está muito bom.
- “A gente está vindo numa temporada muito boa. Com duas vitórias seguidas, o Crespo está nos entregando um carro impecável. Tem muito campeonato ainda mas queremos garantir uma diferença confortável para que nas Seis Horas de Guaporé, se der algum problema, já estamos com uma gordura de pontuação”, avalia.

     O líder da GT e Geral, Marçal Muller espera fazer mais uma boa prova 

- “A expectativa é das melhores, a gente vem de duas primeiras etapas excepcionais onde conseguimos ser rápidos e ao mesmo tempo ter um carro confiável nas mãos, e isso temos que agradecer a Dacar Motorsport e a Giocar Racing que estão me entregando um carro muito bom nas mãos”, destaca.

     Os carros da categoria com o maior grid do Rio Grande do Sul entram na pista na sexta-feira com um dia de treinos livres e o classificatório no final do dia.
     No sábado eles voltam a acelerar às 13h15min na largada das Duas Horas de Tarumã.

A corrida terá transmissão ao vivo no youtube e na página do Curva do S, no Facebook.


Assessoria de imprensa da categoria

Humor = Marido é Marido!


Marido:
- Minha mulher desapareceu há 24 horas...saiu para ir às compras e não voltou...


Policial:
- Qual a altura e o peso dela?


Marido:
- Não faço idéia.


Policial:
- Ela é magra, gorda, atlética?


Marido:
- Ela não é magra, mas também não sei se é atlética.


Policial:
- Qual a cor dos olhos?


Marido:
- Nunca reparei.


Policial:
- Qual a cor dos cabelos?


Marido:
- Muda no mínimo 4 vezes no ano, atualmente...não sei!


Policial:
- Ela estava dirigindo?


Marido:
- Sim!


Policial:
- Qual a cor do carro?


Marido:
- Um Opala coupê ss tigrado vermelho, rodas do ss com pneus hankook 235/60 15 na traseira e 225/60 15 na dianteira, carburador Weber 40,com bomba elétrica e dosadora, comando 392 tuchos mecânicos, interior zerado
Ao sair o carro tinha 35.234 Km rodados e marcava meio tanque de combustivel. 


Policial:
- Fica calmo nós vamos localizar seu Opala!

Goodyear volta ao Campeonato Mundial de Endurance da FIA


A fabricante de pneus Goodyear atual fornecedora exclusiva de todas as categorias da NASCAR, anunciou na semana passada a volta às corridas internacionais de resistência, com uma nova linha de pneus específica para o Campeonato Mundial de Endurance (WEC), do qual fazem parte as 24 Horas de Le Mans.
     Vencedora das 24 Horas de Le Mans por 14 oportunidades,  a fábrica  optou por voltar ao automobilismo através das provas de Endurance, porque a categoria disponibiliza um meio de demonstrar sua tecnologia e por ter grande variações de tipos de carros, com protótipos e carros Grã-Turismo.

     A Goodyear já está desenvolvendo esta linha de pneus para os protótipos de Le Mans há mais de ano em seus dois centros de desenvolvimento; Hanau, na Alemanha, e Colmar-Berg em Luxemburgo.
     Os pneus serão fabricados na linha de produção dos Eagle F1 SuperSport, com os compostos voltados para carros de alto desempenho.
     A estreia dos novos pneus está marcada para Silverstone, etapa do WEC em agosto de 2019.

     A História da Goodyear 
  • 14 vitórias nas 24 Horas de Le Mans
  • 368 Grande Prêmio de Fórmula 1 - Recorde que permanece invicto.

Trio da Keating Motorsports que havia vencido na classe GTE Am foi desclassificado após irregularidades no abastecimento

 Foto de: Alexander Trienitz

Por:

     A alegria de Felipe Fraga, Ben Keating e Jeroen Bleekemolen em vencer as 24 Horas de Le Mans na classe LMGTE Am durou pouco. Em duas decisões separadas dos comissários, o Ford da Keating Motorsports recebeu inicialmente uma penalidade de tempo o suficiente para cair para a segunda posição na classe, atrás do #56 da Porsche, que herdou a vitória.
     O primeiro boletim dizia que o Ford GT #85 "não atingiu o tempo mínimo de abastecimento", com uma penalidade de 55 segundos.
     Bleekemolen havia cruzado a linha de chegada a 44 segundos à frente do Porsche de Jorg Bergmeister, Egidio Perfetti e Patrick Lindsey.

 Foto de: Rainier Ehrhardt

     Isto foi seguido pela confirmação de que o #85 tinha sido desqualificado inteiramente por um "total de combustível a bordo que excedesse o limite permitido". Os comissários afirmaram que a capacidade de combustível do Ford foi de 96,1 litros, 0,11 a mais do que o máximo de 96 litros  que havia sido estabelecido pela classe por conta lastro da GTE Am.
     Foi alegado que “a equipe verificou o volume máximo de combustível antes do carro ser enviado dos EUA e que foi verificado novamente após a mudança de lastro, no entanto, isso foi feito usando o peso e densidade do combustível e não o volume diretamente."
     O melhor Ford na classe GTE Pro, o #68 de Sebastien Bourdais, Joey Hand e Dirk Muller, também foi desclassificado do quarto lugar pelo mesmo motivo.

   Foto de: Rainier Ehrhardt
Fonte: Motorsport.com

segunda-feira, 17 de junho de 2019

SOBERANIA NACIONAL! Texto do Geferson Kern sobre a Império Endurance Brasil


    
          Demais, animal, incrível, do baralho. Escolha a expressão que quiser para definir a prova do Endurance Brasil no sábado que passou (15) em Santa Cruz do Sul. Uma corridaça ao melhor estilo de algumas provas da IMSA, em pleno fim de semana das 24h de Le Mans. A prova foi repleta de idas e vindas e com ação na pista, literalmente, até a quadriculada. Muito graças aos protótipos, que monopolizaram o show ao impor um ritmo insano de corrida e resistir a um calor errático, em pleno junho, naquela que deveria ser uma das provas mais frias do ano. E fica marcada por motivos bem mais profundos que um dia quente causado por um Niño rebento.


     Os AJR e Ginetta davam claras mostras de que estavam impossíveis já na classificação: Vicente Orige, que fazia dupla com Tarso Marques, colocou o #88 na pole com nova quebra de recorde – com exceção de monopostos – para o circuito, com 1min12s342, meros 21 milésimos à frente do coirmão vermelho e prata pilotado por José Roberto Ribeiro, do duo com o pai Nilson. Estabelecer recorde e tomar de assalto a parte de cima do grid – mais especificamente as seis primeiras posições – não foi uma novidade para os protos, mas o que veio a partir daí foi de despencar o queixo: o primeiro GT no grid, o Mercedes AMG de Júlio Campos, em sétimo, tomou 3s7 do pole position. E ainda viria bem mais.

     Dada a largada, a dupla da primeira fila tomou as rédeas da prova na ordem inversa em que partiram. O duo era comboiado pelo Ginetta dos irmãos Ebrahim mais Pedro Aguiar e outros dois AJR, de Pedro Queirolo/David Muffato e Tiel Andrade/Júlio Martini/Anderson Toso. Logo em sequência, o outro Mercedes AMG do grid, de Xandy e Xandynho Negrão, que mostrava de longe ser o GT3 mais rápido do início de prova. As janelas de paradas obrigatórias mudavam o desenho da prova: o G57 tomou a ponta após o primeiro pit. A liderança, daí até a última parada, passava a ser alternada entre o carro inglês e os AJR #88 e #113. O #65, a essa altura, caía na classificação com uma escapada de pista já no turno de pilotagem do sexagenário Nilson Ribeiro e era quinto.

     Lá na frente, os AJR da JLM Racing monopolizavam a briga pela vitória após o fechamento da última janela. Já com Beto Ribeiro de volta ao comando, o carro de mesmo modelo da NC Racing recuperara a volta perdida e era terceiro, mas ainda distante dos líderes. O Ginetta havia perdido terreno, em especial após um toque na curva 1 com a Mercedes dos Negrão, na ânsia de não perder de vista o #88 na briga pela liderança. O clã campineiro ainda se sustentava na ponta de sua classe, assombrado pelo Porsche de sempre estupenda regularidade de Marcel Visconde e Ricardo Maurício, que também aproveitava a entrada do bicampeão da Stock Car para avançar – todos, no entanto, já devendo voltas para os ponteiros.

     Os rumos da prova mudaram em definitivo perto da centésima das 119 voltas que seriam completadas, com a entrada derradeira do Safety Car. Haveria agora somente um retardatário entre líder e vice-lider – Marques e Muffato, respectivamente. Outros nove carros com voltas em desvantagem separavam este de Ribeiro, que renascia na prova àquela altura. Na relargada, era Muffato quem se mostrava agressivo e dava pinta de que chegaria à ponta. Faltou combinar com Beto: o sul-mato-grossense estava ensandecido. Atropelava cada um que ousava se atravessar em seu caminho até tomar a liderança, a sete voltas do final. Cruzou a linha de chegada somente 3s4 à frente de Marques, num Top5 completado por Muffato, o Ginetta e o AJR #5 da equipe MC Tubarão, este já uma volta atrás.


     Registre-se: foi um resultado deveras emocional para o time de Campo Bom. Era apenas a terceira prova da equipe com o carro e a primeira em que chegaram até o final. Foi a primeira ainda em solo gaúcho pelo Endurance desde a morte de Carlinhos de Andrade, o patriarca da equipe. Quando cheguei ao autódromo, pela manhã, o time estava todo ele reunido e abraçado nos boxes, feito time de futebol antes de entrar em campo. Seu João Carlos certamente teria sorrido com a performance, visto que o protótipo nas cores da Yokohama chegou a ser o carro mais rápido da pista na metade da prova – e o time faturou suas primeiras vitórias no ano nas categorias P2 e GT4L, com Mauro Kern/Paulo Souza e Henry Visconde/Tiel Andrade/Júlio Martini, respectivamente.

     O resultado também foi especial para o time do MRX #75, da Satti Racing. O carro de Emílio Padron, Henrique Assunção e Marcelo Vianna venceu sua primeira prova na classe P3 no ano e ainda faturou o décimo posto na geral – o único carro fora das classes P1 e GT3 a chegar ao Top10, conquistando tal condição no apagar das luzes sobre o Radical de Matheus e Renato Stumpf, outra ótima notícia do sábado. Uma bela conquista, sobretudo para Padron, que viu seu AJR-Honda ser tomado por uma bola de fogo colossal no dia anterior, em incidente que terminou sem feridos – justo na pista onde o mesmo carro estreou e com vitória no ano passado. Os danos ao bólido, no entanto, foram bem menores do que as assombrosas imagens sugerem: soube que boa parte da mecânica e chassis não foram afetadas. E é razoável crer num retorno breve da máquina aos circuitos.



     E os GTs? Chegaram do sexto lugar para trás. A Ferrari da Via Italia, com Marcos Gomes e Chico Longo, cresceu muito na parte final da corrida e se aproveitou de um incidente do Porsche com um retardatário a cinco minutos do fim para vencer na GT3, seguido do Mercedes dos Negrão, que sofreu com pneus mais desgastados após o último safety car. Ambos com duas voltas de desvantagem em relação ao líder, mesma condição do 911 quando abandonou. E aí, em bom gauchês, é que os butiás caem do bolso.
     Vejamos.
     Há dois anos, eu finalmente pude ver o Endurance pela primeira vez ao vivo, também em Santa Cruz. Naquele dia, vendo da arquibancada, parecia impossível derrotar o Porsche dos mesmos Visconde e Maurício, o primeiro supercarro estrangeiro do grid e único até então. A máquina alemã sobrava e dava pinta de vencer sem chegar ao limite. O protótipo que mais se aproximava, ao menos especificamente naquela prova, era justamente o #65 dos Ribeiro - então um MRX -, mas ainda distante do ritmo do carro germânico. A reviravolta nos níveis de desempenho da categoria e o crescimento de seu grid e nível técnico em tão pouco tempo são de embasbacar. Desde então, o carro de Stuttgart, para ficar só nas classes principais, ganhou a companhia de dois Mercedes, Lamborghini e depois Ferrari e Ginetta.


     E o mais incrível disso tudo: eles foram superados por uma dupla de sul-mato-grossenses, com um carro fabricado em Cachoeirinha pela família de um gringo egresso de Veranópolis (JLM/Metal Moro), com motor fechado perto da vila dos Moschettas em Canoas (MotorCar) e gerenciamento eletrônico criado por gente nascida na própria Santa Cruz (FuelTech). A primeira vitória de um AJR que não fosse do time de fábrica, o que mostra que o carro pode ganhar corridas em qualquer circunstância.

     Ainda é cedo para simplesmente dizer que o jogo virou.
     Em Goiânia, os protótipos sucumbiram de maneira coletiva ao calor tórrido.
     Em Curitiba, o AJR #88 venceu, mas teve problemas nas voltas finais e recebeu a bandeirada com o Mercedes dos Negrão montado na própria garupa. A ascensão do protótipo brasileiro, no entanto, pode motivar uma multiplicação de seus exemplares no grid - ou até a vinda de similares estrangeiros para combatê-lós: há outro Ginetta G57 já no Brasil pronto para a peleia, enquanto empresas como a Oreca, que há anos fabrica carros campeões em Le Mans - e outras máquinas como o Acura do Team Penske na IMSA - possuem até representação oficial no país.
     Não esqueçamos ainda de projetos próprios como o Sigma e o DTR, que carecem de quilometragem para entrar na balada dos ponteiros.
     O fato é que não chegará a ser uma grande surpresa se estas Três Horas de Santa Cruz do Sul forem um divisor de águas na hierarquia de forças da categoria.

     Os fãs de automobilismo devem muito a Negrão, Longo, Visconde, Ebrahim e companhia, por terem o privilégio de ver uma categoria espetacular de tal forma e máquinas oriundas de casas sacras da indústria automotiva mundial. As fabricantes maravilhosas sediadas na Alemanha, Itália e Inglaterra que me desculpem: em 15 de junho de 2019, o dia não foi deles. A soberania foi nacional. Os GTs são lindos e rápidos de morrer, mas os protótipos nadaram de braçada.

Geferson Kern